Emprego formal perde fôlego em 2025; agro resiste e puxa saldos positivos

VITóRIA DA CONQUISTA, BA — O emprego formal enfrenta uma desaceleração em 2025, devido às altas taxas de juros e outros desafios econômicos. Esse cenário preocupa trabalhadores e empregadores, pois impede a expansão do mercado formal. Entretanto, o setor agropecuário surpreende com resultados positivos, puxando o saldo de empregos para cima.

Emprego formal perde fôlego em 2025; agro resiste e puxa saldos positivos
(Imagem: Geração/FDR)

As altas taxas de juros freiam investimentos em diversas áreas, afetando diretamente as contratações, assim o emprego formalperdeu fôlego. O agronegócio, no entanto, mantém-se firme, oferecendo oportunidades de emprego em meio ao panorama desafiador. Este setor não só preserva empregos, mas também impulsiona a economia em momentos de instabilidade

O dado é resultado de um estudo realizado pela economistas Janaína Feijó e Helena Zahar, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), a partir de dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Por que o setor agro resiste em 2025?

Impulsionada pela supersafra de 2025, a agropecuária apresentou o melhor desempenho do ano. O setor gerou 109,2 mil vagas formais líquidas (diferença entre contratações e demissões), um aumento de 32,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo foi de 82,6 mil.

Segundo os especialistas, o bom resultado do campo reflete a alta produtividade agrícola e a manutenção das exportações, que seguem aquecidas apesar do cenário global incerto. A força do agro tem sido essencial para sustentar o mercado de trabalho em meio ao esfriamento da economia.

Indústria, comércio e serviços sentem o impacto dos juros

Enquanto o agro avança, outros setores perdem tração. O setor de serviços, que lidera a criação de empregos no país, registrou uma queda de 14,1% no saldo de contratações em 2025 na comparação com 2024. A indústria também viu seu ritmo cair (-13,5%), assim como o comércio (-5,4%) e a construção civil (-11,7%).

De acordo com a economista Janaína Feijó, do FGV Ibre, o atual cenário de juros elevados trava decisões de investimento por parte dos empresários. “Muitas empresas que planejavam contratar ou expandir negócios estão postergando essas decisões”, explica.

Além disso, setores como a construção enfrentam escassez de mão de obra qualificada, o que tem dificultado ainda mais o avanço da empregabilidade, mesmo com salários maiores sendo oferecidos.

Além disso, o desemprego caiu, oferecendo mais oportunidades para os trabalhadores. Com informações da Folha de S. Paulo.

Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.